Futebol Nacional

Mesmo após adiarem votação, deputados não entram em acordo sobre MP do Futebol

Relator não concorda com mudanças. Parlamentares vão apresentar emenda à parte

postado em 02/07/2015 16:13 / atualizado em 02/07/2015 16:36

Amanda Martimon

Agência Câmara

Reunidos logo após adiarem a votação da MP do Futebol, nesta quinta-feira (2/6), deputados da Bancada da Bola, relator e demais parlamentares não chegaram a um novo acordo. Seguem como principais pontos de divergência, a limitação de mandatos em quatro anos com única reeleição, a redução do déficit financeiro dos clubes e mudança no sistema de votação das federações.

Relator da proposta, o deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), saiu do encontro sem consenso. "Não vou tirar mais nada", avisou. Ele já cedeu ao aumentar o percentual de limitação de gastos dos clubes com a folha salarial e em relação ao item que colocaria a Seleção Brasileira como patrimônio cultural, o que deixaria a CBF sob a mira do Ministério Público. Este último, que já consta no relatório, vai à votação de qualquer maneira, mas com acordo certo para ser derrubado.

"Da minha parte estou com a consciência tranquila e quem tem de decidir não somos mais nós. Agora é com o Plenário", opinou o relator. Rebaixamento, apresentação de certidão negativa de débitos e responsabilização de dirigentes são outros pontos que constam no
relatório.

Assim, sem acordo, os demais parlamentares — muitos deles da Bancada da Bola — vão apresentar uma emenda aglutinativa sem o relator com as modificações. Esse tipo de emenda, porém, sofre restrições. Não pode, por exemplo, criar condições novas. Ela precisa se basear em destaques feitos em Plenário ou em projetos que tramitem na Câmara, apensadas à medida provisória.

A votação da MP do Futebol, no Plenário da Câmara, está agendada para a próxima terça-feira. Depois, a proposta ainda precisa passar pela análise do Senado. Se os senadores, fizerem alterações, a MP volta para a Câmara. Todo o processo precisa ser finalizado até 17 de julho, data em que o documento, editado pela presidente Dilma Rousseff em março, perde a validade.