Futebol Nacional

Secretaria de Turismo critica decisão da CBF sobre venda de mandos de campo

Titular da pasta lembra que o Distrito Federal tem torcidas nacionais. Brasília só perde para o Rio em número de sócios torcedores do Flamengo

postado em 21/02/2017 06:00 / atualizado em 21/02/2017 00:25

Mando de campo volta a ser sagrado no Campeonato Brasileiro de 2017. No Congresso Técnico de ontem na sede da CBF, os clubes votaram em maioria pelo fim da comercialização de jogos para outras praças. Estádios deficitários construídos para a Copa de 2014,  como o Mané Garrincha, a Arena da Amazônia (Manaus), a Arena Pantanal (Cuiabá) e a Arena das Dunas (Natal) foram atingidas em cheio pela decisão.

Administrador do Mané Garrincha, o secretário de Turismo do DF, Jaime Recena, atacou a CBF em entrevista ao Correio. “É impressionante como uma entidade como essa toma decisão em cima de decisão contrária ao interesse dos maiores interessados no espetáculo, os torcedores. O Brasil tem clubes com torcidas nacionais. Essa é, para variar, apenas mais uma decisão equivocada por parte da CBF”, detonou.

 Principal cliente do Mané Garrincha, o Flamengo também foi atingido em cheio. Brasília só perde para o Rio em número de sócios torcedores. Sem o Maracanã, vetado no Engenhão e com o a Arena da Nação em fase de adaptação na Ilha do Governador, o clube se exibiu duas vezes em Brasília neste ano, contra Grêmio e América-MG.

“O Flamengo não votou a favor. O Flamengo é um clube nacional, tem torcida em todos os lugares. Essa decisão inviabiliza três ou quatro arenas que foram construídas para a Copa. Elas sobrevivem hoje de clubes fora de seus estados. Fomos absolutamente contrários, mas não há nada a fazer”, lamentou Bandeira.

Além da venda de mando de campo, está proibida a utilização de grama artificial, novidade implantada no ano passado pelo Atlético Paranaense, na Arena da Baixada.