Futebol Nacional

CAMPEONATO BAIANO

Além do Ba-Vi: relembre alguns jogos que terminaram por falta de jogadores

Santos de Pelé já 'fugiu' do São Paulo e partida do Botafogo já terminou com 22 expulsos

postado em 20/02/2018 14:34 / atualizado em 20/02/2018 15:16

Margarida Neide/Ag. A Tarde/Folhapress
As cenas lamentáveis ocorridas no clássico entre Vitória e Bahia, no domingo (18/2), foram o pontapé inicial para que o jogo de maior rivalidade do estado baiano acabasse aos 37 minutos da segunda etapa, após o rubro-negro ter cinco atletas expulsos pelo árbitro Jailson Macêdo Freitas. O episódio não foi inédito no país. Na história do futebol brasileiro, algumas partidas já terminaram antes dos 90 minutos pelo mesmo motivo e por contusões polêmicas.

Em 20 de junho de 1954, Portuguesa e Botafogo se enfrentaram no Pacaembu pela Taça Roberto Gomes Pedrosa, em um confronto que ficou famoso por ser o que teve mais expulsões na história do futebol. Com o placar marcando 3 x 1 para o time paulista, aos 27 minutos do segundo tempo, o zagueiro alvinegro Tomé deu uma entrada dura em Edmur, craque da Lusa, que revidou de imediato. A partir daí, a briga se generalizou e, após intervenção da polícia, o árbitro Carlos de Oliveira Monteiro expulsou todos os 22 atletas que estavam no campo.

Em 1981, em jogo entre Flamengo e Atlético-MG, válido pelo desempate da primeira fase da Copa Libertadores de 1981, acabou após a expulsão de cinco atletas do Galo. A série de cartões vermelhos distribuidos por José Roberto Wright começou após uma falta violenta do ídolo atleticano Reinaldo em Zico, aos 32 minutos do primeiro tempo, quando o placar ainda estava zerado. Depois dele, Éder, Chicão, Palhinha e João Leite foram para o chuveiro mais cedo, tudo isso no primeiro tempo. O time mineiro acabou deixando a competição, que, mais tarde, foi vencida pelos cariocas.

Pelo Campeonato Piauiense de 2014, o clássico entre River e Piauí não passou dos 34 minutos da etapa complementar. Após uma briga generalizada, o Piauí teve quatro atletas expulsos pelo árbitro Leonardo Marques. Quase no fim do jogo, o atacante Raphael Freitas se machucou e, como o treinador não tinha mais substituições, a partida teve de ser encerrada. O River aproveitou a superioridade numérica e anotou 3 x 0 quando a bola  ainda estava rolando.

O dia em que o Santos de Pelé fugiu

Em 1963, o alvinegro da Vila Belmiro tinha um dos times mais poderosos do mundo. O elenco contava com Pelé, Pepe, Coutinho e Zito, por exemplo. Porém, mesmo com a equipe repleta de estrelas, os jogadores do Peixe começaram a deixar o campo após notarem a chance de serem goleados no clássico.

Após um gol do São Paulo, marcado por Sabino, o bandeirinha teria apontado impedimento, marcação ignorada pelo árbitro Armando Marques. A partir daí, a confusão começou no San-São. Logo depois da polêmica, Coutinho foi expulso por reclamação, assim como Pelé. 

Preocupado em ser goleado e ter sua imagem internacional arranhada, o Santos cogitou nem voltar para o segundo tempo, mas foi para o campo, só que com apenas oito jogadores. O lateral-direito Aparecido ficou no vestiário, alegando uma contusão. Como na época não havia substituições, o Peixe seguiu com três atletas a menos. Então, Pepe jogou-se no chão e disse não ter condições de jogo, assim como Dorval. Com seis jogadores, o juiz deu números finais a partida, que já estava 4 x 1 para o time do Morumbi.