Internacional

Artilheiro da Série A, Thiago Galhardo passou pelo Brasiliense em 2014

A referência do ataque do líder Internacional, após a lesão de Paolo Guerrero, já amargou eliminação nos pênaltis contra o Brasil-RS na Série D

postado em 01/09/2020 16:02

Há seis anos, Thiago Galhardo do Nascimento Rocha amargava uma frustração no Serejão, em Taguatinga. Contratado para reforçar o Brasiliense na Série D do Brasileirão, viu o time candango perder nos pênaltis  a vaga para a terceira divisão. O Brasil-RS havia vencido por 2 x 1, em Pelotas. O então campeão do DF devolveu o placar, em casa, mas foi superado pela equipe gaúcha por 4 x 3, nos pênaltis. Expulso após paralisação de sete minutos no tempo normal, Galhardo não participou dos pênaltis. Foi a última das três exibições com a camisa amarela.

Dois mil centro e quarenta e quatro dias depois daquele jogo, Thiago Galhardo é líder isolado do Brasileirão com a camisa do Internacional e artilheiro da Série A com quatro gols — todos eles nos últimos três jogos. Coube a ele fazer o papel de falso centroavante colorado após a lesão que encerrou a temporada de Guerrero. Galhardo balançou duas vezes a rede do Atlético-GO, decidiu o triunfo sobre o Atlético-MG e creditou mais três pontos na conta do time comandado por Eduardo Coudet ao abrir o placar contra o Botafogo.

Thiago Galhardo não comemorou gol com a camisa do Brasiliense, mas é muito elogiado pelo treinador dele na passagem pelo futebol candango. “O Thiago é um cara com quem fiz uma grande amizade. Na época, ele estava no Cametá-PA, recebi um material dele, gostei e levamos para o Brasiliense. Ele nos ajudou muito, pena que perdemos o acesso nos pênaltis para o Brasil de Pelotas”, lembra Marcos Soares em entrevista ao Correio.

O técnico admira a versatilidade de Thiago Galhardo desde o tempo em que trabalharam juntos. “Ele é muito inteligente jogando. “Ele sempre foi muito móvel, sempre teve muita qualidade técnica e bom condicionamento físico. No Brasiliense, usei o Thiago como volante, meia, e ele se dava bem nas duas. Agora, tem essa novidade de ele jogar de nove. É fruto do atleta que ele é no que diz respeito à parte física e técnica. Tudo isso somando às ótimas tomadas de decisão dele. Teve uma boa fase no Vasco, no Ceará, e agora no Internacional está mais latente”, analisa Marcos Soares.

A estrela colorada passou por outros quatro times da atual Série A na carreira: Botafogo, Vasco, Coritiba, Ceará e Red Bull na época em que a marca do energético não era parceira do Bragantino. Cria do Bangu, passou também por Comercial-SP, América-RN, Remo-PA, Boa-MG, Cametá-PA, Madureira, Ponte Preta e teve experiência no Albirex Niigata do Japão.

“Ele teve de recomeçar a carreira. Quando chegou ao Brasiliense, havia passado por time grande. Jogou no Botafogo. Remou para começar tudo de novo, aprendeu com os erros e, hoje, vive grande momento. É um moleque que deu a volta por cima”, comemora Marcos Soares.

A habilidade do técnico Eduardo Coudet para extrair o máximo de Galhardo é elogiada pelo ex-treinador do Brasiliense. “Todos nós sabemos que ele sempre teve potencial. Estava jogando bem de meia. O Guerrero se machucou, ele virou centroavante. Está bem também. É mais um dos moleques com quem tive o privilégio de trabalhar. Fico feliz por ele colher os frutos com esse sucesso”, comemora Marcos Soares.

O presidente do Bangu, Jorge Varela, também comemora o sucesso do jogador revelado pelo clube carioca. “O Thiago Galhardo merece. Bom garoto, muito persistente e de uma personalidade forte”, elogiou.