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Mundial Sub-17

Pai de Kaio Jorge, camisa 9 da Seleção, jogou no Gama; conheça a história

Campeão candango pelo alviverde em 2001, Jorge Ramos curte a fase do centroavante do Brasil no Mundial Sub-17

postado em 02/11/2019 20:25 / atualizado em 03/11/2019 16:03

<i>(Foto: Mariana Fraga Duarte/CB/D.A Press)</i>
Com a vitória sobre a Angola por 2 x 0, ontem, em Goiânia, gols de Talles Magno e Gabriel Veron, a Seleção Brasileira termina a fase de grupo do Mundial Sub-17 em primeiro no A e retornará a Brasília para disputar as oitavas de final, quarta-feira, às 20h, no Bezerrão. A arena tem laços de família com o dono da camisa 9 verde-amarela. Autor de um gol na vitória por 3 x 0 sobre a Nova Zelândia na última terça-feira, o centroavante Kaio Jorge, 17, brilhou no mesmo palco em que o pai dele atuou por cinco meses na temporada de 2001 com o uniforme do Gama.


Jorge Ramos, 41, passou pelo clube candango numa era dourada. O Gama disputava a Série A do Campeonato Brasileiro. Jorge Ramos dividiu o vestiário com o zagueiro Márcio Santos, campeão da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, e o goleiro Ronaldo Giovanelli, ídolo do Corinthians. O ex-atacante ficou apenas cinco meses no clube. Tempo suficiente para deixar o nome marcado na equipe devido a uma estreia convincente.

"Quando descobri que ele (Kaio Jorge) iria jogar o Mundial Sub-17 no Gama, eu falei: 'Você vai jogar em um estádio onde eu fiz gols. Vamos ver se você balança as redes lá, e ele até riu'. Para mim, está sendo um privilégio pisar aqui na cidade de novo. Agora, em busca de outro sonho realizado, que é ver o meu filho jogando”

Jorge Ramos, ex-jogador do Gama, pai do centroavante Kaio Jorge da Seleção Sub-17


<i>(Foto: Mariana Fraga Duarte/CB/D.A Press)</i>
No primeiro jogo, Jorge Ramos marcou três gols na vitória contra o Juventude de Mato-Grosso, pela Copa-Centro Oeste. Também conquistou o Candangão e participou do início do Brasileirão. Durante a competição, sofreu contusão e não seguiu no Gama. Após 18 anos, Jorge Ramos voltou ao Gama e ao estádio Bezerrão. Desta vez, para sentar-se nas arquibancadas e torcer pelo filho — o atacante Kaio Jorge, camisa 9 da Seleção Sub-17. "Quando descobri que ele iria jogar o Mundial Sub-17 no Gama, eu falei: 'Você vai jogar em um estádio  onde eu fiz gols. Vamos ver se você balança as redes lá e ele até riu'. Para mim, está sendo um privilégio pisar aqui na cidade de novo. Agora, em busca de outro sonho realizado, que é ver o meu filho jogando”, comemora Jorge Ramos.

 "Ele falou muito bem do Gama, do time e da cidade. Fiquei muito feliz de ter feito gol no estádio em que ele jogou, sensação única, e espero fazer mais gols”

Kaio Jorge, centroavante da Seleção

 

O gol do filho saiu. Henri lançou Veron pela direita, e o camisa 7 deu assistência para Kaio Jorge fazer seu primeiro gol na competição. "Ele falou muito bem do Gama, do time e da cidade. Fiquei muito feliz de ter feito gol no estádio em que ele jogou, sensação única, e espero fazer mais gols”, projeta Kaio, um dos trunfos do time para a etapa de mata-mata.

<i>(Foto: Cedoc/Correio Braziliense)</i>
O reencontro com a antiga casa de Jorge Ramos rendeu outra surpresa: a estrutura. O ex-atacante elogiou o estádio e o centro de treinamento do atual campeão candango. “Está  totalmente diferente. Antes não existiam tantas arquibancadas ao redor, apenas uma. Agora, está mais bonito, padrão Fifa, coisa de primeiro mundo. O pessoal do Gama está de parabéns, e torço para que possam subir logo para a Série C e ir galgando divisões até chegar à A”, afirmou o patriarca da família.