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Elegemos os 10 protagonistas do título do Palmeiras

Patrocinador, goleiro e técnico experiente foram peças-chave na conquista alviverde

postado em 26/11/2018 12:41 / atualizado em 27/11/2018 10:45

Reprodução/Instagram e SE Palmeiras/Divulgação
No último domingo (25), o Palmeiras sagrou-se campeão brasileiro de 2018. De acordo com a Confederação Brasileira de Futebol, este é o décimo título do clube, que conta as Taças Brasil de 1960 e 1967, além de dois canecos do Robertão (1967 e 1969).

 

O Correio Braziliense analisou a campanha do Verdão e elencou 10 personagens fundamentais na conquista do clube paulista. Passando pelo patrocinador, pelo técnico consagrado e pelo goleiro titular. Veja:

Comandante experiente

Desacreditado após o 7 x 1 na Copa do Mundo de 2014, Felipão, de 70 anos, assumiu o comando do clube após a saída de Roger Machado, que deixou o Palmeiras na 6ª posição da tabela, com 26 pontos. O gaúcho estreou em 5 de agosto, pela 17ª rodada, contra o América-MG, e ficou apenas no 0x0.

O título veio na 37ª rodada, contra o Vasco, em São Januário, pelo placar de 1 x 0. Com campanha invicta em 20 jogos, o treinador pentacampeão mundial somou 15 vitórias e cinco empates, obtendo 83,3% de aproveitamento. Felipão levou o Verdão ao topo da tabela em 10 rodadas e somou 50 pontos durante o comando da equipe, que manteve a primeira posição da tabela desde a a 27ª rodada.

Paredão de ouro

O Palmeiras não pode reclamar das opções de goleiro que tem à disposição: Fernando Prass, Jaílson e Weverton. No início do ano, o então titular Jaílson vinha fazendo grande campeonato, com sequência de boas atuações, mas perdeu espaço quando teve de cumprir suspensão na 13ª rodada do Brasileirão. Para substituí-lo, as opções eram Prass e Weverton. O primeiro recuperava-se de lesão, então sobrou para o goleiro novato no time.

O ano de 2018 é o primeiro de Weverton no Verdão. Em 2016, teve um bom ano no Atlético-PR e ainda foi personagem fundamental na conquista do inédito ouro olímpico do Brasil nos Jogos do Rio. Se em 2016 o arqueiro teve um bom desempenho, o mesmo não se pode dizer sobre 2017: foram 40 gols sofridos no Brasileirão com a camisa do Furacão. Porém, mesmo assim, recebeu voto de confiança do time palestrino para a temporada atual. Pelo alviverde, são 22 jogos: 13 vitórias, oito empates e apenas uma derrota, com somente 12 gols sofridos. 

Cães de guarda

Todo o setor defensivo do Palmeiras teve bom desempenho durante o campeonato, mas três peças merecem destaque: Marcos Rocha, Thiago Santos e Felipe Melo. Segundo dados do Footstats, plataforma especializada em dados do futebol nacional, os três lideram o ranking de desarmes da equipe: Thiago Santos é o primeiro, com 81; Marcos Rocha é segundo com 75 e Felipe Melo aparece com 62. Além desse quesito, o volante “pitbull” é quem mais intercepta jogadas, com 22 interceptações corretas, seguido pelo lateral ex-Atlético-MG, com 20.

Apesar dos 14 cartões amarelos, que fazem de Felipe Melo o jogador que mais recebeu cartões na competição, ao lado de Victor Cuesta, do Internacional, o Palmeiras é melhor com ele em campo. Felipe disputou 28 partidas, venceu 18, empatou oito e perdeu duas, o que resulta em um aproveitamento de 73,8%. Quando ele não jogou — em nove ocasiões —, o time venceu quatro, empatou três e perdeu dois jogos, resultando no aproveitamento de 55%. 

O outro volante, Thiago Santos, está no clube desde 2015, mas teve mais oportunidades de jogo na atual temporada. Em todas as competições, foram 45 jogos disputados, 23 deles pelo Campeonato Brasileiro. São 15 vitórias, seis empates e duas derrotas pelo certame nacional.

Marcos Rocha passou seis anos consecutivos no Atlético-MG e lá venceu Libertadores e Copa do Brasil. Sua contribuição foi fundamental para a campanha do Palmeiras e esse é o primeiro título de Campeão Brasileiro da carreira. O jogador ainda pertence ao clube mineiro, e o Flamengo tem interesse em contar com o atleta para 2019.

Comissão de frente

Cesar Greco/Ag Palmeiras
A artilharia do Palmeiras em 2018 ficou assim: Willian Bigode, 10 gols, Deyverson, nove, Bruno Henrique, oito, e Dudu, sete. O líder desse ranking venceu o quarto Campeonato Brasileiro da carreira. Ele é também o jogador que mais acertou finalizações no ano: 32. Ele e Bruno Henrique têm 31 partidas jogadas. O meia é um dos maiores destaques do alviverde. 

Ele aparece na parte de cima dos principais rankings, segundo o Footstats. É o quarto que mais acertou chutes: 17; está atrás apenas de Felipe Melo no número de desarmes corretos: 59; é o terceiro na lista dos artilheiros: oito gols; e é o líder de passes certos: 1094, com índice de 93,6% de acerto. Deyverson, por sua vez, é um jogador polêmico e irregular, mas que deu certo no comando de Felipão.

Após a mudança de treinador, o atacante começou a ter mais oportunidades de jogo e passou a marcar gols. Antes do comando de Felipão, ele tinha jogado apenas oito partidas. Depois, já foram 17 vezes em campo. Deyverson é o terceiro jogador que mais sofreu faltas na equipe, 45, atrás de Dudu (123) e Lucas Lima (50). O centroavante está frequentemente envolvido em polêmicas, além de não ser visto com bons olhos pela torcida que tem certa resistência em gostar do jogador. Entretanto, o gol da vitória contra o Vasco, gol do décimo título do Palmeiras, saiu dos pés dele.

Para muitos, Dudu foi o melhor jogador do Brasileirão. Sua posição nos rankings do Footstats pode justificar a aposta. O atacante é líder em assistências para gol: 12; líder em assistências para finalização: 53; é o melhor em cruzamentos certos: 54; é o jogador que completou mais dribles: 34; é o que mais teve posse de bola; é o segundo que mais acertou chutes: 30; e ainda deu tempo para marcar sete vezes.

Patrocínio de peso

A Crefisa, empresa de crédito pessoal, é a patrocinadora master do Palmeiras desde 2015 e, graças ao apoio financeiro da empresa, o clube pode contar com reforços de peso. O goleiro Weverton, os laterais Marcos Rocha e Diogo Barbosa, e os meias Gustavo Scarpa e Lucas Lima passaram a compor o elenco na temporada atual, o mais caro do futebol brasileiro: 76,93 milhões de euros, quase R$ 339 milhões.

Após a partida do título, Leila Pereira, dona da Crefisa e conselheira do clube, anunciou a renovação do patrocínio por mais três anos. Ela lembrou os frutos dessa união: “É uma felicidade imensa, é uma honra eu poder ser parceira do maior campeão do Brasil. Nessa era Crefisa, em quatro anos de patrocínio, fomos três vezes campeões nacionais: 2015, campeão da Copa do Brasil, 2016, campeão brasileiro, e 2018, campeões brasileiros novamente", disse.
 
*Estagiária sob a supervisão de Victor Gammaro - Especial para o Correio