CORRIDA DE AVENTURA
Entre as 10 melhores do mundo, Brasília Multisport vence Copa América
Equipe candanga é a mais rápida na prova que levou 19h52min, no Espírito Santo
postado em 04/08/2014 20:17 / atualizado em 05/08/2014 17:40
O projeto do Brasília Multisport (BMS) parece estar dando certo. Criado com a intenção de formar a primeira equipe brasileira a conquistar um campeonato mundial de corrida de aventura, o time candango se aproxima cada vez mais do objetivo. Liderados por Camila Nicolau e Gulherme Pahl, eles conseguiram alcançar o top 10 no ranking mundial da modalidade, divulgado na semana passada. Para brindar o feito, venceram a Copa América realizada neste fim de semana na região do Pico da Bandeira, no Espírito Santo.
Ainda recuperando-se dos 182km trilhados em 19h52min, o brasiliense Guilherme Pahl conta que a prova, que inclui mountain bike, trekking, canoagem e navegação, teve alto nível de dificuldade. “A nevegação foi muito exigente e o percurso de mountain bike foi determinante, porque foi longo e bem irregular. Ainda assim, fizemos uma prova perfeita, sem nenhum problema”, avalia, destacando que a experiência do time criado em 2012 está começando a fazer diferença nas disputas. O time contou também com o paulista Igor Petric e o candango Flávio Guércio, aluno da oficina multisport ministrada por Camila e Guilherme. "Nosso intuito é formar grandes atletas de aventura em Brasília. É bom ver nossos alunos se saírem bem nas provas", afirma Guilherme.
Etapa cancelada
“Foi um banho de água fria. Nos preparamos desde o início do ano para a etapa brasileira. Já tínhamos comprado passagens para dois competidores estrangeiros que fariam parte do nosso time, e contávamos com a premiação, porque os vencedores ganham a inscrição para o campeonato mundial, que será no Equador. Agora estamos correndo atrás de patrocínio”, desabafa Guilherme. No ano passado, a BMS ficou em terceiro lugar na edição realizada na Bahia.
A organização do Ecomotion informou que a decisão foi tomada por conta de um processo judicial em andamento, o que poderia prejudicar a realização da prova na véspera. “É uma questão com o Ibama, de provas realizadas a alguns anos. Foi uma decisão difícil, mas tentamos tomá-la o quanto antes para evitar maiores prejuízos para os atletas”, explica a organizadora Shubi Guimarães. Em contra-partida, o Brasil será sede do campeonato mundial no ano que vem. “Os maiores nomes da modalidade virão para cá. Já acertamos com o Mato Grosso do Sul, na cidade de Corumbá. É uma região de Pantanal, única no mundo inteiro”, antecipa.