Caio, medalha de bronze no Mundial de Atletismo de Londres, em 2017, já sabia do problema quando chegou na terceira posição da competição, melhor resultado de um brasileiro na história da modalidade. Porém, Franklin, famoso por reverter casos complicados de doping, conseguiu a postergação da pena. Em casos como esse, o ganho pode chegar a até quatro anos. A substância é geralmente utilizada por esportistas que precisam perder peso.
Em entrevista exclusiva ao Correio, o advogado comentou que o diurético ingerido por Caio não ajuda na performance do atleta. "Não ajuda em nada o atleta. No Pan-Americano do Peru, inclusive, ele chegou a passar mal. Ele é responsável, não tentaria se dopar", disse Franklin, ao alegar que a substância é encontrada em um suplemento alimentar utilizado pelo atleta.
Procurado pela reportagem, Caio Bonfim não atendeu aos telefonemas e também não respondeu mensagens de texto. João Bonfim, pai e treinador de Bonfim, afirmou que, em breve, soltará uma nota oficial explicando o caso.
Em votação popular, o brasiliense foi eleito Atleta da Torcida em 2017 no Prêmio Brasil Olímpico. Em maio deste ano, Caio não participou da Copa do Mundo de Marcha Atlética na China, alegando dores no pé. Porém, ele já estava cumprindo a punição por doping desde 1º de março. Como a pena imposta é de seis meses, o gancho vai até 31 de agosto.
*Estagiário sob supervisão de Victor Gammaro