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Professor, pai e campeão mundial de futevôlei: conheça Jota Paraná

Líder do ranking e dono do maior título da modalidade, Joathan Victor, mais conhecido como Jota Paraná, divide a rotina de treinos e competições com o ofício de ministrar aulas e os cuidados com a família

postado em 26/04/2019 10:57

<i>(Foto: Carlos Vieira/CB/D.A Press)</i>

 
As aulas de educação física dos alunos do Colégio Olimpo têm um personagem diferenciado desde 2016. Joathan Victor Paulino de Morais, 29 anos, ou Jota Paraná, é professor formado pelo UniCeub e atual campeão mundial de futevôlei. Ele lidera o ranking da Confederação Brasileira de Futevôlei (CBFv) e coleciona diversos títulos ao lado do parceiro Vinícius Ferreira pelas areias do mundo. 

Nascido em Valparaíso-GO, Joathan se define como uma pessoa muito próxima da família e dos amigos, não gosta de sair, pensa muito antes de falar e não gosta de pedir desculpas. Sabe se controlar para não se prejudicar dentro e fora de quadra. “É muito palhaço, brincalhão, gosta de estar sempre com os amigos”, explica Raphaella Borges, esposa do jogador.

Antes de ser campeão mundial nas areias, Joathan iniciou a carreira de professor como assistente da disciplina em 2013. Três anos depois, formado, foi efetivado na função, ministrando aulas para alunos dos ensinos fundamental e médio. A dupla rotina encurta o dia de Joathan e deixa tudo mais corrido. “A diretoria do colégio me ajuda muito. Eles ajustaram minha grade para que eu consiga viajar na sexta-feira”, conta o atleta.

As aulas ministradas na Asa Sul e em Águas Claras são bem animadas e, sempre que possível, o professor ensina movimentos e técnicas do futevôlei. “A gente adora futevôlei, esperamos a semana inteira. O professor é o melhor do Brasil”, comenta um dos alunos. “Eles me pedem para mostrar o shark-attack (uma manobra típica da modalidade), é bem divertido”, diz Joathan.

Sensação

<i>(Foto: Carlos Vieira/CB/D.A Press)</i>
 
 
Os alunos descobriram, recentemente, a carreira paralela do professor de educação física. “Eu nunca falei nada. Eles tomaram conhecimento com o tempo. Nesse último título, fizeram uma surpresa, pularam ao meu redor, gritando meu nome. Foi uma sensação única”, lembra Jota. “Eles perguntam das histórias, pedem para eu contar quando o Ronaldinho me ligou”, recorda. 

Paraná foi jogador de futebol antes de se tornar um atleta profissional de futevôlei. Passou pelas bases de Palmeiras e Santos. Pendurou as chuteiras em 2012. Em 2017, criou uma rotina de treinos na nova modalidade. “A condição atlética dele, por sempre ter sido um desportista, favorece uma dinâmica de treinos mais forte e facilita nosso trabalho”, comenta o preparador físico Carlos Carvalho. 

A equipe de patrocinadores e de profissionais foi montada para aprimorar o rendimento em quadra. Um nutricionista, um preparador físico e um osteopata. “Montei meu tripé para melhorar fisicamente. O osteopata é quem faz alinhamento e balanceamento em mim depois dos torneios”, brinca Paraná. 

Expectativa pelo primeiro filho


No primeiro ano de torneios, em 2018, Paraná viajou em 41 fins de semana para competir. Voltou para Brasília com 20 títulos das 30 finais que disputou. Na atual temporada, Paraná ficará um mês longe dos campeonatos por um motivo especial: o nascimento do primeiro filho, Davi. 

Para a alegria dos pais, o bebê é esperado para o final de maio. “A expectativa está alta. No máximo, em um mês ele estará conosco. Vou ficar um mês sem competir para ajudar a Rapha e ficar com o Davi”, explica o estreante papai.

A administradora Raphaella Borges está com oito meses de gravidez e tem aprovado a conduta do companheiro de lar. “Ele tem se mostrado muito carinhoso e, a cada dia que passa, estamos mais ansiosos. Mesmo desgastado da rotina, ele chega e está sempre disposto a me ajudar”, comenta. 
  
*Estagiário sob a supervisão de Fernando Brito