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Brasiliense Rani Yahya encara norte-americano no UFC Orlando

Na última luta, o brasileiro finalizou o mexicano Henry Briones com apenas dois minutos de combate

Minervino Junior/CB/D.A Press
Após seis meses da última luta, com vitória por finalização, o lutador brasiliense Rani Yahya da categoria peso-galo se prepara para voltar ao octógono do UFC em 2018. O próximo adversário é o americano Russell Doane. Os dois se encontram no UFC Orlando, neste sábado (24/2), e Rani pretende usar o jiu-jitsu como arma para vencer mais uma vez por finalização. 

O último momento no octógono traz boas lembranças. Em agosto de 2017, a luta contra o mexicano Henry Briones não passou do primeiro round, já que o brasileiro o finalizou com apenas dois minutos de combate. Segundo Rani, foi a vitória mais rápida da carreira, que tem ao todo 18 triunfos por finalização. “Esse é um dos motivos de estar no UFC até hoje. Estou sempre em busca de boas performances”, avalia.
 
Para o novo desafio, ele aposta na experiência e na característica mais forte. “É uma luta difícil, porque ele tem uma mão pesada, mas, ao mesmo tempo, meu rival coleciona algumas derrotas por finalização, um ponto que pode me favorecer”, ressalta. Rani entrou no UFC em 2011 e Russell em 2014. Ambos vêm de uma vitória, porém o americano não luta desde junho do ano passado. 

Já nos Estados Unidos para o camping final antes do combate, ele conta que a forma de treino mudou desde a última derrota, em março do ano passado. Ele praticava o sparring, uma simulação da luta com o companheiro de treino, todos os dias. “Acho que a forma como treinava me desgastava muito. Hoje, posso me dar o luxo de não treinar tantas vezes, preservar meu corpo e ter uma segurança ao subir no octógono”, afirma.  

Com o cartel de 24 vitórias e nove derrotas, Rani não figura atualmente entre os 15 melhores lutadores da categoria peso-galo. Porém, o objetivo é avançar posições, já que o brasiliense sonha em enfrentar o dono do cinturão da categoria TJ Dillashaw. Hoje, com 33 anos, ele se dá mais quatro anos para alcançar a meta, já que planeja continuar lutando por esse tempo. “Depende da saúde, já que o MMA é um esporte desgastante. Depois, pretendo abrir uma academia”, comenta Rani, que hoje dá aulas como professor de jiu-jitsu.

Carreira 

Rani já luta como profissional há 15 anos. A primeira luta profissional de MMA foi aos 18 anos, mas desde os 11 se envolve com diferentes artes marciais. A primeira foi o jiu-jitsu. Depois veio o boxe e o muay thai. O primeiro contrato assinado foi com o World Extreme Cagefighting (WEC), em 2007. 

A organização tinha foco nas lutas de categorias mais leves e era comandada pela Zuffa, mesma companhia que produz o UFC. A entrada de Rani no UFC foi oficializada em 2011 após a fusão do WEC com a franquia. "Foi uma satisfação muito grande conseguir entrar em um evento que sempre sonhei. Até então, eu ficava naquela incerteza se  a carreira de atleta iria dar certo", conta. 

Outros brasileiros no octógono

Além de Rani, outros três brasileiros entram no octógono no UFC Orlando. Renan Barão, ex-campeão do peso-galo do UFC, tenta encerrar a fase irregular na franquia na luta contra o americano Brian Kelleher. Nos últimos seis combates no UFC, Barão perdeu quatro vezes. A última vitória de Renan foi em Brasília, quando venceu Phillipe Nover, em setembro de 2016. O brasileiro vem de uma derrota por decisão unânime para Aljamain Sterling, no UFC 214, em julho do ano passado.

No feminino, quem representa o país é Jéssica Andrade. A brasileira ocupa o segundo lugar do ranking peso-palha. Já a adversária americana Tecia Torres ocupa a quinta colocação. Uma vitória pode dar a Jéssica uma nova chance de lutar pelo cinturão do UFC. Ela chegou a disputar o título em maio do ano passado, mas foi derrotada por Joanna Jedrzejczyk, dona do cinturão na época.