Identificado com o Distrito Federal, Luque optou por fazer a preparação toda em Brasília. "Aqui, é tudo mais fácil para mim. Tenho uma equipe forte na cidade, com psicólogo, suplementação e minha academia, onde fui muito bem preparado", comenta o Assassino Silencioso, como é conhecido no mundo das artes marciais mistas.
Será a nona vez em que o atleta subirá no octógono no UFC. Até o momento, o brasileiro soma seis vitórias e duas derrotas, ambas por decisão dos juízes. Portanto, ele jamais foi nocauteado ou finalizado na organização.
Além de ser a estreia de Vicente Luque no Chile, é também a primeira vez que o UFC desembarca no país sul-americano. A família por parte de pai, claro, marcará presença na Movistar Arena. "Será algo especial, imagino que terei a torcida a meu favor, além dos meus familiares", projeta, mesmo garantindo que, dentro do octógono, representa a bandeira do Brasil.
Sobre o rival, Vicente espera uma luta com trocação franca na luta em pé. "Ele (Chad Laprise) vem de três vitórias seguidas por nocaute. Eu também gosto do combate assim, mas meu chão é melhor do que o dele, tenho essa arma a mais", compara o lutador, que vem de vitória por finalização sobre o norte-americano Niko Price, em outubro de 2017. Na única vez em que enfrentou um brasileiro no UFC, Laprise foi nocauteado por Francisco "Massaranduba" Trinaldo, em agosto de 2015.
Além de Vicente Luque, outros brasileiros lutarão na capital chilena. Felipe Silva enfrenta o peruano Claudio Puelles, enquanto Poliana Botelho pega a japonesa Syuri Kondo. Alexandre Pantoja mede forças com o mexicano Brandon Moreno, e Michel Trator fecha o card preliminar diante do norte-americano Zak Cummings.
Além do combate Vicente Luque e Price, que abre o card principal do evento, Demian Maia, peso meio-médio, duela com o nigeriano Kamaru Usman, na luta principal da noite. Aos 40 anos, o brasileiro já planeja a aposentadoria para 2019, e só foi chamado para o UFC Fight Night após o argentino Santiago Ponzinibbio se lesionar e precisar ser substituído. O contrato de Demian com a organização prevê mais quatro lutas até o atleta pendurar as luvas.