Brasília tem a missão de iniciar o revezamento da tocha no país

Entre os 12 mil condutores, no percurso de 105km, estarão medalhistas brasilienses e nomes como Gabriel Medina

Brasília estará hoje no centro das atenções do mundo. E isso não envolve o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff que tramita no Senado. Os holofotes se devem ao âmbito esportivo. Primeira cidade do Brasil a receber a tocha olímpica, a capital federal mostrará ao mundo sua beleza e pontos turísticos.

Rodrigo Nunes/Esp. CB/DA Press


O início do revezamento da tocha está previsto para as 10h, na Praça dos Três Poderes, centro político e jurídico do país. A bicampeã olímpica com o vôlei Fabiana será a primeira condutora. Dali, percorrerá o Eixo Monumental e a Catedral, um dos vários pontos fechados ao público. Nesse trajeto, apenas Paula Pequeno, também do vôlei, será a representante do DF. Entre os outros oito nomes que levarão o símbolo, estão personalidades do esporte, como o surfista Gabriel Medina.

Os demais condutores para o restante do trajeto de 105km não foram divulgados pelo Comitê Organizador. De acordo com justificativa repassada ao Correio, a medida é “questão de segurança”. Tanto que somente os 10 primeiros nomes foram divulgados, além do de Leila Barros, uma atleta vinculada ao vôlei, que será responsável por percorrer os últimos 200 metros até o acendimento da pira no Distrito Federal. Inicialmente, a ex-jogadora correria em Taguatinga, já que o trajeto passará próximo à residência dos pais dela.

Complicação
Os percursos mais complexos serão após a passagem da chama olímpica pela Esplanada dos Ministérios. A primeira será na Ponte JK. A dificuldade deve-se à prática do rapel em meio aos arcos da ponte até uma lancha que percorrerá a extensão do Lago Paranoá. Tão complexo que os policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) fizeram treinamentos no local há nove dias para não cometerem erros. Na altura do Clube do Exército, uma canoa havaiana seguirá em direção ao Pontão do Lago Sul.

Após um novo comboio, outro trajeto crítico: um novo rapel, desta vez a partir de um helicóptero até o gramado do Estádio Nacional Mané Garrincha — sede de 10 partidas das Olimpíadas. Dali, o símbolo seguirá para o Complexo Aquático, com mais uma condução na água, na piscina do antigo Defer.

O Parque Nacional de Brasília, palco de trilhas e da diversão nas águas naturais, também receberá a tocha olímpica. O percurso de apenas 150 metros, entretanto, não poderá ser visualizado pela população, tampouco pela imprensa. Novamente por questão de segurança. Tanto que o local será isolado duas horas antes do evento.

Outras três regiões administrativas terão o privilégio de receber a chama olímpica. No SIA, oito condutores percorrerão os trechos 1 e 2. A região receberá o símbolo a pedido de um dos patrocinadores do evento, uma montadora de carros. Depois, chegará a Taguatinga, cidade de Joaquim Cruz e Leila Barros, passando ainda pelo Riacho Fundo I — no Regimento de Polícia Montada e no Centro Olímpico e Paralímpico da região.

O trajeto final será novamente no Plano Piloto, com passagem por Igrejinha, Setor Comercial Sul, Memorial JK e Memorial dos Povos Indígenas, além da Torre de TV. Na Esplanada dos Ministérios, a pira será acesa por Leila Barros, bronze em Sydney-2000, a partir das 20h.