Tênis

RIO OPEN

Ex-tenista brasiliense Cláudia Chabalgoity coordenará projeto social inédito no Rio Open

A iniciativa coordenada pela campeã pan-americana tem atividades destinadas a cadeirantes e a deficientes intelectuais

postado em 17/02/2018 09:00 / atualizado em 16/02/2018 19:49

Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press
Além de trazer grandes nomes do tênis para o Brasil, o Rio Open, que começa nesta segunda-feira (19/2), vai proporcionar momentos especiais para crianças e jovens deficientes. Pela primeira vez na história do evento, o torneio realizará uma clínica da modalidade para pessoas com deficiência intelectual e cadeirantes. A tenista brasiliense Cláudia Chabalgoity é quem está à frente do projeto. 

Ao todo, 19 alunos participarão das aulas que serão divididas em dois momentos na próxima quarta-feira (21/2). “É o ínicio de uma inclusão. A ideia é fazer uma introdução da modalidade e algo mais lúdico, já que eles nunca jogaram tênis”, explica Cláudia. As crianças foram selecionadas de duas instituições do Rio de Janeiro: Escola de Tênis Cadeiras na Quadra e do Núcleo Avançado de Esportes, Cultura e Lazer (NAVES), ambas de Niterói. 

Para a tenista, a importância do projeto está na visibilidade que a modalidade paralímpica ganha. “É uma honra poder ser a ferramenta para desenvolver o tênis para deficientes. Por ter um histórico no tênis, fico feliz em estar lá para abrir novas portas dentro da modalidade”, afirma. Cláudia foi a primeira brasileira a conquistar quatro medalhas nos Jogos Pan-Americanos, em 1991, em Havana: uma de ouro, duas de prata e uma de bronze. Além disso, representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992.

Depois de se aposentar das quadras, ela passou a se dedicar a projetos sociais, como o Tô no Jogo. Criado há um ano, o programa ensina tênis e estimula crianças com deficiência intelectual a trabalhar o corpo e a coordenação. “Estar presente em um evento desse porte é uma forma de divulgação para a gente também. Se a gente aparece, mais gente fica sabendo que existe esse projeto e essa modalidade”, ressalta. 

A iniciativa em criar uma nova atividade social no Rio Open, partiu da união das ideias de Cláudia com o diretor do torneio, Luiz Carvalho. “Eu fui levantar essa bandeira para o Luiz e ele me deu abertura e disse que já era uma ideia expandir as atividades sociais da competição”, explica Cláudia. 

Projetos sociais

Além do novo projeto, o Rio Open realiza o torneio Winners desde 2014. Este ano, a competição foi destinada à crianças carentes das instituições parceiras do Rio Open. A competição foi dividida em seis categorias (cinco masculinas e uma feminina) e a final acontece na próxima segunda (19/2). Além de competir na estrutura de um torneio internacional, as crianças ganharão ingressos para assistir aos jogos do Rio Open. 

Outra ação social presente no evento é a doação de raquetes usadas. A raquetes arrecadadas na campanha serão doadas para seis projetos que fazem parte do programa de incentivo a causas sociais do Rio Open. Ano passado, foram doadas 54 raquetes.