Tênis

Guga e Claudia Chabalgoity falam sobre Maria Esther Bueno. Veja vídeo

O catarinense e a brasiliense tinham relação além da esportiva com a ex-tenista que morreu na sexta-feira de câncer

Andre Penner/AP

Tricampeão de Roland Garros e também ex-número 1 do mundo, Gustavo Kuerten lamentou a morte de Maria Esther Bueno. A ex-tenista, considerada uma das maiores atletas da história do Brasil, faleceu na noite desta sexta-feira (8/6), em São Paulo, após uma luta contra o câncer. O corpo da lenda do tênis brasileiro é velado na capital paulista.

"Maria Esther Bueno, nossa rainha das quadras. Gratidão, respeito e orgulho eterno a maior estrela do tênis brasileiro!!!", escreveu Guga nas redes sociais, abaixo de duas fotos da campeã de 19 títulos de Grand Slam jogando em Wimbledon. Foi na grama de Londres que ela obteve suas maiores conquistas: três títulos em simples (1959, 1960 e 1964) e quatro em duplas (1958, 1960, 1963 e 1965). Para Guga, maior atleta do tênis masculino do país, o legado de Maria Esther segue inspirando novos tenistas. "Continuará sempre nos iluminando com suas conquistas inesquecíveis e seu espírito corajoso e inspirador. Descanse em paz e com todo nosso carinho", declarou o catarinense.
 
Os dois ex-atletas, ambos importantes na divulgação da modalidade no Brasil, costumavam se encontrar em torneios no país e também no exterior. O último encontro deles aconteceu no Rio Open, em fevereiro. O torneio masculino, de nível ATP 500, já homenageou os dois ex-tenistas. 

Num raro momento dentro de quadra, Maria Esther e Guga chegaram a bater bola em 2012, durante a série de exibições liderada por Roger Federer, em São Paulo. O suíço também teve a oportunidade de jogar com a brasileira na quadra montada no Ginásio do Ibirapuera. Na época, o encontro do trio marcou a reunião de 27 títulos de Grand Slam — Federer conquistaria outros mais tarde. "Ele é meio fraquinho, mas estava bom. Tenho que arranjar um parceiro melhor", brincou Maria Esther, na época. "Jogar com o Federer, uma pessoa incrível, e o Guga é para entrar para a história", exaltou a brasileira, diante dos parceiros.
 

Maria Esther em projeto de inclusão 

 
A brasiliense Claudia Chabalgoity, outra representante histórica do tênis nacional, diz lamentar não apenas a perda de uma lenda, mas também de uma amiga. As duas dividiram quadra pela última vez durante a última edição do Rio Open, em fevereiro. Segundo Claudia, Maria Esther fez questão de prestigiar as primeiras clínicas inclusivas do torneio, coordenadas pela brasiliense em parceria com Sérgio Castro, professor de Educação Física Adaptada da Universidade Estácio de Sá.
 
 
 
"O Brasil perde uma apaixonada tenista e uma apaixonante pessoa! Estou honrada de ter conseguido estar com ela dentro de quadra em fevereiro quando ela, de surpresa, nos presenteou com sua beleza e simpatia, além, claro de seu clássico e charmoso tênis", afirmou Cláudia Chabalgoity. A brasiliense, hoje, é diretora do Projeto Tô no Jogo, que usa o tênis como ferramenta de inclusão para deficientes físicos e intelectuais, como portadores de Síndrome de Down e autistas.