
Aos 25 anos, Gabizinha é uma das atletas de maior prestígio na atual Seleção Brasileira. A ponteira é a mais jovem da equipe titular, porém assumiu com maturidade pela primeira vez a braçadeira de capitã do Brasil nesta abertura da Liga das Nações. Do elenco que começou jogando, apenas ela e a líbero Leia estiveram nas Olimpíadas do Rio. A campeã olímpica Natália até marcou presença no ginásio, mas será poupada neste início de competição.
Diante de um calendário extenuante em 2019, as seleções poupam algumas das principais jogadoras para a fase decisiva da Liga das Nações e para as competições mais importantes — que, neste ano, são os torneios pré-olímpicos e a Copa do Mundo. Seguindo esta lógica, a oposta brasiliense Tandara, outra jogadora brasileira com um ouro olímpico no currículo, também será resguardada para mais adiante, pois se recupera de uma lesão no tornozelo esquerdo.
Assim, o Brasil começou a Liga das Nações com a levantadora Macris, as centrais Mara e Bia, as ponteiras Gabi e Amanda, a oposta Paula Borgo e a líbero Leia. Apesar da renovação meio forçada, devido às nove dispensas antes do início da temporada, a equipe titular brasileira de ontem tinha em média 28,4 anos. Diante da média de 24 anos da seleção titular chinesa, o peso da experiência ficou por conta dos treinadores.
Na beira da quadra da Seleção Brasileira, a habitual calma do técnico tricampeão olímpico Zé Roberto foi substituída por certa inquietação. Nos acertos do time, ele vibrou, bateu palmas e incentivou as jogadoras, como um verdadeiro professor. No banco chinês, a atual campeã olímpica Lang Ping estava quieta. Sentada durante toda a partida, uma das treinadoras mais renomadas do vôlei mundial observava e anotava a desenvoltura da nova geração, que está se formando na China.
Em quadra, o jogo foi tranquilo para o Brasil e para os 5.982 torcedores nas arquibancadas do Nilson Nelson. Embalada, a Seleção Brasileira atropelou a jovem equipe da China no primeiro set, por 25 x 15. Deu até para Zé Roberto oferecer oportunidade para a mais nova do elenco, a ponteira Júlia Bergmann, de 18 anos — foi a estreia dela na equipe principal. “Eu entrei muito nervosa, mas minhas companheiras me ajudaram a manter a calma”, comentou a ponteira, ainda tímida e surpresa com a euforia dos torcedores ao fim do jogo.
Na segunda parcial, em momento mais equilibrado da partida, o Brasil venceu por 25 x 21. No terceiro set, o cenário se repetiu e a equipe brasileira fechou o confronto novamente por 25 x 21. A oposta Lorenne e a levantadora Roberta também ganharam espaço em quadra. Enquanto Zé Roberto dava rodagem às jogadoras, Gabi seguiu como a principal referência do Brasil, terminando o jogo como a maior pontuadora, com 16 acertos.
“A Gabi está madura, absoluta em todos os fundamentos. Muito bem no passe, na defesa e no bloqueio, que era um ponto em que ela tinha de evoluir. Ataca com velocidade, o que ajuda muito, pois nosso time não é alto. Então, temos de jogar com base na velocidade para surpreender os adversários”, José Roberto Guimarães, técnico do Brasil.
Programe-se
Liga das Nações
2ª rodada
Hoje
17h China x Rússia
20h Brasil x República Dominicana
3ª rodada
Amanhã
17h China x República Dominicana
20h Brasil x Rússia
Local: Ginásio Nilson Nelson
Ingressos: de R$ 30 a R$ 50
Resultados
1ª rodada - Ontem
República Dominicana 3 x 1 Rússia
(25/21, 22/25, 25/18, 28/26)
Brasil 3 x 0 China
(25/15, 25/21, 25/21)