Gama começou comandando as ações do clássico no Mané Garrincha. A torcida, no embalo do time, cantava muito mais alto que a do rival, em menor número. Após rebatida da zaga, a bola sobrou para Fernandinho, que, da entrada da área, apenas rolou para Wanderson bater rasteiro, no cantinho de Léo: 1 x 0.
O jogo seguiu morno até os 40 minutos, quando Badhuga invadiu a área e foi derrubado por Jacó. Pênalti assinalado pelo juiz Sávio Sampaio. Na cobrança, Nunes empatou para o Jacaré. Na saída de campo para o intervalo, os reservas dos dois times bateram boca e tiveram que ser contidos por membros das comissões técnicas. Quando descia para o vestiário, o árbitro foi alvo de protestos da torcida do Gama, indignada com a marcação do pênalti para o adversário.
3 anos! Tempo que o Gama não vence o Brasiliense. Última vitória: 25/4/2015
Durante os 15 minutos de descanso, torcedores procuraram a equipe do Correio para reclamar da organização do jogo. O principal motivo das ponderações foi a maneira que a Polícia Militar usou para dividir as torcidas, com várias grades espalhadas entre os espectadores. “A gente fica preso aqui, não consigo nem ir ao banheiro sem ter que pedir licença para várias pessoas. E se começa uma briga aqui? Depois reclamam que o futebol daqui não vai para frente”, reclamou Idalmir Ribeiro, 55 anos, professor educação física.
Virada
No segundo tempo, ambos os times tiraram o pé do acelerador. Apesar da pouca criatividade, Fernandinho, do Gama, obrigou o goleiro Bruno Fuso a salvar a meta do Jacaré em duas oportunidades. O Brasiliense chegou bem aos 31, quando Léo bateu roupa e Wallace perdeu um gol inacreditável, quase na pequena área. Aldo, aos 36, também desperdiçou em frente ao goleiro do Gama.
“Clássico é no detalhe. Infelizmente, tomamos o gol de contra-ataque. A gente se expôs para tentar matar o jogo e levou a virada”
Fábio Gama, atacante alviverde
Aos 36, após pequena pressão do time amarelo, Filipe Cirne bateu cruzado e deu números finais para a partida. Radamés, volante do Brasiliense suspenso por ter sido expulso diante do Luziânia, comemorou o triunfo nas tribunas do Mané Garrincha. “Vinhamos instáveis. Depois de quarta-feira, quando fomos eliminados pelo Oeste-SP (da Copa do Brasil) jogamos bem. Apesar da eliminação, deu confiança. Agora, espero que tenha sido divisor de águas para o restante da temporada” analisou.
Do lado do alviverde, sobrou lamentação. “Clássico é no detalhe. Infelizmente, tomamos o gol de contra-ataque. A gente se expôs para tentar matar o jogo e levou a virada”, avaliou Fábio Gama. “Mas estamos no caminho certo. Vamos continuar trabalhando e dando o nosso melhor para reencontrarmos o caminho das vitórias.”
FICHA TÉCNICA
BRASILIENSE 2
Bruno Fuso; Patrick (Felipe Cirne), Welton Felipe, Badhuga e Mário Henrique; Aldo, Souza, Gabriel e Reinaldo (Peninha); Romarinho (Elcarlos) e Nunes
Técnico: Rafael Toledo
GAMA 1
Léo; Murilo (Marcos Douglas), Lúcio, Jacó e Rafinha; Wagner, Robston, Tarta e Wanderson (Fabio Gama);Fernandinho e Fábio Saci (Deivid Dener).
Técnico: Ricardo Antonio
Estádio: Mané Garrincha
Gols: Wanderson, aos 7, e Nunes, aos 43 minutos do primeiro tempo; Filipe Cirne, aos 34 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Filipe Cirne, Badhuga, Bruno Fuso (Brasiliense); Jacó, Fernandinho e Rafinha (Gama)
Público: 3.401 pagantes
Renda: R$ 27.530,00
Árbitro: Sávio Sampaio