AVAÍ X FLAMENGO

Sim, o Avaí tem torcedor no DF; conheça a história de Mário Coelho

Distante da terra natal, aposta em vitória contra o Flamengo, no Estádio Mané Garrincha

postado em 05/09/2019 18:25

<i>(Foto: Reprodução pessoal)</i>
O sofrimento de morar longe da sede do time do coração atormenta Mário Coelho todos os fins de semana. Torcedor do Avaí, o jornalista de 40 anos está a pouco mais de 1.600km da Ressacada, mas mesmo assim acompanha em detalhes o desempenho da equipe. Na lanterna do Brasileirão, o representante de Santa Catarina vendeu o mando de campo do duelo contra o Flamengo — líder da competição. O confronto ocorrerá no próximo sábado, às 17h, no Mané Garrincha. 

Nascido na capital de Santa Catarina em 1979, Mário é o único torcedor do Avaí na família. Seguiu a profissão do pai, que era jornalista esportivo e torcedor do Figueirense, mas virou a casaca e pegou o caminho da Ressacada. “Meu pai me levava aos jogos dos dois times. Em 1988, o Avaí saiu de uma fila de 13 anos sem conquistar o Campeonato Estadual. Ao ver o time campeão, virei avaiano”, conta o morador do Sudoeste.

O torcedor avaiano mudou-se para Brasília por conta do trabalho. Quando consegue fugir da capital, tenta conciliar com jogos do Leão da Ilha. O sofrimento pela fase do clube não atinge apenas os torcedores do estado. Mesmo distante, ele sente o momento ruim e se diz acostumado. “É até mais fácil sofrer à distância, porque não passo pela zoação de rivais daqui”, comenta, bem-humorado.

Na lanterna do Campeonato Brasileiro, o Avaí venceu apenas uma partida, empatou sete vezes e foi derrotado em nove oportunidades. Mário considera difícil, mas não desacredita na Série A em 2020. “A esperança é a última que morre, mas ela eventualmente vai embora. É muito improvável que o time sobreviva. Acho que o Avaí não deve torrar dinheiro em contratações. O melhor caminho é planejar a Série B”, opina.

O adversário do próximo sábado é velho conhecido de Mário. Quando morava em Santa Catarina, os times locais não estavam na Série A e não tinham grande expressão. Por isso, era comum ter uma equipe favorita da cidade e uma alternativa do Rio de Janeiro. “Sempre tiveram muita força no estado desde os anos 1950. Sou Avaí em primeiro lugar, mas tinha uma simpatia pelo Flamengo’’, conta o jornalista.

Crítica

Mesmo estando em Brasília, Mário pensa nos colegas de Florianópolis e nas desvantagens de “mandar” uma partida fora de casa. “O Avaí é um time consolidado, tem a maior torcida de Santa Catarina. Torcedores apaixonados que sempre estão na Ressacada. Vender o mando de campo é desrespeito com a torcida, especialmente com os sócios. Tentaram esconder isso do torcedor até o fim. Não compactuo com essa ideia e, por isso, ainda não decidi se irei ao jogo no Mané Garrincha”, reclama.

Ciente do favoritismo do adversário de sábado, o jornalista não está muito confiante em uma vitória diante do líder do Brasileirão. “Se não for uma goleada rubro-negra, está de bom tamanho. Mas vou apostar em 1 x 0 para o Avaí”, acredita Mário.

*Estagiário sob a supervisão de Fernando Brito

Tags: mane garrincha flamengo avai brasilia