Mandante da partida, o Brasiliense começou o clássico acelerado. O Gama conseguiu equilibrar o duelo a partir dos 15 minutos e criou as melhores chances do primeiro tempo, mas sem alterar o placar. Ficou tudo para o segundo tempo. Após o intervalo, foram necessários apenas 16 minutos para o Jacaré balançar a rede por três vezes e acabar com a invencibilidade que o rival mantinha desde março de 2018. Todos os gols saíram em jogada de bola parada, que começaram dos pés de Marcos Aurélio do lado brasiliense. Pelo Periquito, Nunes diminuiu com gol de pênalti.
Além de Marcos Aurélio, que abriu o placar do maior clássico de futebol do Distrito Federal, Badhuga e Aldo deixaram a marca deles no triunfo do Brasiliense. O segundo e decisivo jogo da final será no sábado (29/8), às 16h, no Estádio Bezerrão. Com a vantagem, o Jacaré pode perder por até um gol de diferença que ainda sagra-se campeão. Já se o Gama vencer por dois gols de diferença, a decisão vai para os pênaltis. As partidas estão sendo realizadas sem a presença de público devido à pandemia de covid-19 e segue protocolo de prevenção à transmissão da doença.
Gama melhor no primeiro tempo
Após os primeiros 15 minutos de muita intensidade do Brasiliense, o Gama conseguiu equilibrar o jogo. Aos poucos, o clube que acabou na liderança da primeira fase do Candangão adiantou a marcação na saída de bola da equipe adversária, que vem marcando o estilo de jogo do elenco comandado por Vilson Tadei.
A primeira boa oportunidade de gol foi justamente do Gama, aos 33 minutos. Após furar a zaga do Brasiliense, Nunes trocou passes com Esquerdinha dentro da área até o artilheiro do campeonato finalizar sozinho diante do goleiro, mas pela lateral esquerda já com pouco ângulo. O chute saiu rasteiro e cruzado para fora.
Mais acuado, o Brasiliense encontrou a melhor oportunidade apenas aos 40, em jogada individual do meia Peninha. Ele limpou a jogada no meio de campo e chutou forte de fora da área. A resposta veio com Wallace três minutos depois. O volante desviou com o pé o escanteio cobrado por Peu. A bola tinha destino no canto esquerdo do gol de Fernando Henrique, mas o goleiro se esticou todo para evitar mais uma finalização perigosa do Gama.
Brasiliense desencanta nas bolas paradas
Depois do intervalo, o cenário da decisão mudou completamente em apenas 16 minutos. Logo aos 3 do segundo tempo, o Brasiliense abriu o placar com Marcos Aurélio. A cobrança de falta prcolocada pelo meia teve desvio do lateral Amaral, do Gama, e acabou no ângulo.
Quatro minutos depois, o Jacaré teve outra oportunidade de bola parada, desta vez, de bem longe. Novamente Marcos Aurélio foi para a batida, mas chutou forte. O goleiro Calaça deu rebote e Badhuga completou para o gol. O Gama já se via em uma situação delicada, quando Marcos Aurélio voltou a ser decisivo. Em cobrança de escanteio, encontrou Aldo livre dentro da área, que cabeceou sem chances para o goleiro, fazendo 3 x 0.
Após um apagão no Gama, o time conseguiu se organizar e achou um pênalti aos 18 minutos. Em jogada de escanteio, o Romarinho foi afastar a bola e o árbitro Maguielson Lima Barbosa interpretou que o jogador levantou demais o pé de forma perigosa próximo à cabeça de Wallace, marcando pênalti. O atacante Nunes cobrou com categoria, tirando do goleiro.
O gol deu um fôlego novo ao alviverde, mas o time não conseguiu diminuir a diferença. O Brasiliense, por sua vez, se fechou e passou a apostar no contra-ataque. Com a vantagem criada, o Brasiliense ficou muito próximo de dar o troco no rival, que foi campeão candango em 2019 em uma decisão também protagonizada pelos dois clubes.