Um fim de semana feliz

postado em 19/11/2013 12:13

Amigos, não quero causar inveja a ninguém, mas tive um fim de semana espetacular. Foi tão bom que, mesmo se eu fosse vascaíno, ainda assim estaria contente. Não fui à praia nem passei lua de mel em Paris. Essa felicidade toda, que me faz sorrir até agora mostrando os 32 dentes, é por tudo o que aconteceu de sábado para cá. Primeiro, os mensaleiros foram presos. É muito bom ver gente poderosa pagar por seus crimes e saber que cadeia não é só para ladrão de galinha. Às vezes, os ladrões do nosso futuro também veem o sol nascer quadrado. Não sei vocês, mas eu me sinto mais seguro sabendo que os mensaleiros estão no xilindró. Não é que José Dirceu vá me parar numa esquina, apontar uma arma e roubar a minha carteira ou a minha beleza como faz aquele bandido da propaganda de desodorante. As autoridades dizem que nós nunca devemos reagir a um assalto. Mas, se um mensaleiro viesse me assaltar, eu daria uma mãozada no pé da orelha dele e gritaria: “Viva o povo brasileiro”. A minha sensação de segurança é porque entre os milhares de corruptos da política brasileira, uma dezena deles está sem poder agir neste momento. Pelo menos um pedacinho do dinheiro dos nossos impostos está a salvo.

A segunda alegria é que o meu grupo de teatro, a Cia de Comédia Os Melhores do Mundo, se apresentou ao vivo, pela tevê, direto da nossa casa, Brasília, para todo o Brasil e, nesses tempos de tecnologia, também para o mundo. Foram dezenas de centenas de milhares de telespectadores e tudo deu mais que certo.

A terceira alegria é que participei, na Globo, da transmissão da final da Copa Brasília de Futsal. Ao lado de Rembrandt Júnior, fui o comentarista. Recebi o convite global graças a esta coluna. Portanto, amigo leitor, você que me acompanha aqui todas as terças é o responsável por isso. Obrigado.

Vasco, nau sem rumo

É triste, mas é verdade. O Vasco precisa ganhar os seus três últimos jogos no Brasileirão para escapar da Série B e dificilmente conseguirá. No jogo contra o Corinthians, a equipe mostrou a que veio, ou seja, não veio para nada. O time é um bando, cada um faz o que quer. Falta tudo: garra, gols, defesa, ataque, técnica, tática, ânimo... Por mais que Adílson Batista grite, pule e esperneie no banco de reservas, não funciona, não há reação. O sucesso tem os seus motivos, assim como o fracasso. O Vasco está nessa situação devido aos erros e erros que a diretoria vem acumulando ao longo desses últimos anos. Como pode um clube com nome tão forte e torcida tão grande ser tão fraco em campo? Aliás, esse é um problema dos outros clubes também. Qualquer grande time brasileiro tem mais torcida e capacidade de arrecadação que o Barcelona. Veja o caso do Flamengo, inacreditavelmente não sai da pindaíba. O problema é que nossos clubes vivem na pré-história do gerenciamento esportivo.

O trote

Ontem, um amigo me disse que recebeu um telefonema de madrugada. Atendeu preocupado, pensando em tragédia. Ele jura que a voz do outro lado era do José Dirceu, dizendo o seguinte: “Tamo com o teu filho sequestrado aqui. Tu vai comprar uns crédito de celular pra nóis, senão Genoíno Coisa Ruim, Kátia Cumbuca e Valerinho Escopeta vão passar o moleque. Tu tá entendendo?” Esse meu amigo é gay e disse, calmamente, para o suposto sequestrador: querido, eu não tenho filho. Tento engravidar há anos e até agora, nada.