Clóvis da Costa Fernandes, o famoso Gaúcho da Copa, se orgulha de já ter acompanhado a Seleção Brasileira no mundo inteiro. Desde o Mundial de 1990, na Itália, o corretor de imóveis, de 58 anos, não perde nenhum torneio. A Copa das Confederações no Brasil é a quarta edição do campeonato do currículo, que conta com seis Copas do Mundo, além das Olimpíadas de Londres. A rotina é quase sempre a mesma: pegar um avião, alugar um carro no país sede e cair na estrada estrangeira com a ajuda de um GPS.

A Copa das Confederações de 2013, entretanto, segue lógica diferente. O Gaúcho, que viaja com um grupo de amigos, conhece estradas de Coreia do Sul, África do Sul e Alemanha, e, desta vez, percorreu 2.160km até chegar a Brasília. Ao todo, Clóvis da Costa Fernandes calcula que percorrerá ao menos 15 mil quilômetros até a fim do torneio. “É uma cachaça que virou um porre de muita paixão”, descreve o torcedor fanático, que, da capital do país, irá com o carro personalizado até Fortaleza e Salvador, e para onde mais a Seleção for.

Clóvis Fernandes e o grupo de amigos que o acompanha seguirão a Seleção até o fim do torneio

Sósia de Felipão, o Gaúcho da Copa conta que está ainda mais empolgado por ter Scolari como técnico. A dupla, que já havia se encontrado no Mundial de 2002, teve contato em Porto Alegre, quando o Brasil enfrentou a França, na Arena Grêmio. A confiança no treinador e na equipe gerou um banner, que será exibido durante os jogos: “O renascer de uma esperança”, diz o cartaz. “Ele é o que a gente precisava, alguém que faça o torcedor se apaixonar pela Seleção de novo”, destaca Clóvis.

Os gaúchos não calculam o custo da viagem, mas dizem que é alto e que parte do dinheiro vem de patrocinadores, que estampam os adesivos do carro. Os ingressos — que pesariam muito no orçamento de quem vai a cinco jogos — foram ganhos de presente do presidente da CBF, José Maria Marín.